À Sua Santidade Karekin II
Supremo Patriarca e Catholicos de todos os Arménios

"Graça e paz vos sejam dadas da parte de Deus Pai e de nosso Senhor Jesus Cristo" (Gl 1, 3).

Na alegre ocasião do décimo aniversário da sua eleição e entronização como Supremo Patriarca e Catholicos de todos os Arménios, transmito a Vossa Santidade as minhas mais calorosas saudações fraternas.

Dou graças a Deus pelas bênçãos que Ele concedeu à Igreja Apostólica Arménia através do ministério de Vossa Santidade. Conheço também o seu compromisso pessoal em prol do diálogo, da cooperação e da amizade entre a Igreja Apostólica Arménia e a Igreja Católica, clarividentemente expressa mediante os vários encontros que recentemente tiveram lugar entre Vossa Santidade e o Sucessor de Pedro. Rezo a fim de que os bons relacionamentos que foram estabelecidos entre nós possam continuar a progredir nos anos vindouros.

O restabelecimento da liberdade para a Igreja que está na Arménia, praticamente no final do século passado, encheu de alegria os cristãos do mundo inteiro. A imensa tarefa de reconstrução da comunidade eclesial pesou sobre os ombros de Vossa Santidade. Aquilo que já foi alcançado, num lapso de tempo tão breve, é verdadeiramente notável:  floresceram novas iniciativas em vista da educação cristã dos jovens, da formação do clero, da criação de novas paróquias, da construção de novas igrejas e centros comunitários, assim como da promoção de valores cristãos na vida social e cultural da nação.

Santidade, imploro ao Todo-Poderoso a fim de que, através da intercessão de São Gregório, o Iluminador, possamos viver cada vez mais profundamente unidos num santo vínculo de fé, esperança e caridade cristãs. Neste aniversário tão significativo, oro para que as bênçãos do Deus Trino e Uno sejam derramadas sobre Vossa Excelência:  que o amor de Deus Pai o envolva, a sabedoria do Filho o ilumine e o fogo do Espírito Santo o inspire!

Com  sentimentos  de  estima,  asseguro-lhe  o  meu  afecto  fraternal no Senhor.

Vaticano, 27 de Outubro de 2009.

BENTO PP. XVI