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PAPA FRANCISCO

MEDITAÇÕES MATUTINAS NA SANTA MISSA CELEBRADA
NA CAPELA DA DOMUS SANCTAE MARTHAE

Sem dúvida o demónio
 
Sexta-feira, 11 de Abril de 2014

 

Publicado no L'Osservatore Romano, ed. em português, n. 16 de 17 de Abril de 2014

«O demónio existe também no século XXI e nós devemos aprender do Evangelho como lutar» contra ele para não cair na armadilha. Mas não devemos ser «ingénuos». Portanto, é necessário conhecer as suas estratégias para as tentações que têm sempre «três características»: começam devagar, depois aumentam por contágio e, por fim, encontram o modo para se justificarem. O Papa Francisco admoestou que não devemos pensar que falar do demónio hoje é algo «antigo» e precisamente sobre esta questão focalizou a sua meditação.

O Pontífice falou explicitamente de «luta». Aliás, explicou, também «a vida de Jesus foi uma luta: ele veio para vencer o mal, para vencer o príncipe deste mundo, para vencer o demónio». Assim «também nós cristãos, que queremos seguir Jesus, e que por meio do baptismo estamos precisamente no caminho de Jesus, devemos conhecer bem esta verdade: também nós somos tentados, somos objecto do ataque do demónio». Mas, perguntou-se o Papa, «como faz o espírito do mal para nos afastar do caminho de Jesus com a sua tentação?». A resposta a esta interrogação é decisiva. «A tentação do demónio — explicou o Pontífice — tem três características e devemos conhecê-las para não cair nas armadilhas». Em primeiro lugar, «a tentação começa levemente mas cresce sempre». Depois «contagia outro»: «transmite-se para outro, procura ser comunitária». E, por fim, para tranquilizar a alma, justifica-se». Portanto, as características da tentação exprimem-se com três palavras: «cresce, contagia e justifica-se». Mas se «a tentação for rejeitada», depois «cresce e torna-se mais forte». Jesus, explica o Papa, adverte sobre isto no Evangelho de Lucas. Também nós, admoestou o Pontífice, «quando somos tentados, percorremos este caminho». É suficiente pensar nos mexericos: se temos «um pouco de inveja de uma pessoa qualquer», não a conservamos para nós mas acabamos por compartilhá-la, falando mal dela. «Todos somos tentados — afirmou o Pontífice — porque a lei da nossa vida espiritual, da nossa vida cristã, é uma luta».

 



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