Praça São Pedro
12h
Prezados irmãos e irmãs, bom dia!
Na liturgia de hoje são proclamadas as bem-aventuranças segundo o Evangelho de Mateus (cf. 5, 1-12). A primeira é fundamental e diz: «Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o reino dos céus» (v. 3).
Quem são os “pobres em espírito”? São aqueles que sabem que não bastam a si mesmos, que não são autossuficientes, e vivem como “mendigos de Deus”: sentem necessidade de Deus e reconhecem que o bem vem d’Ele, como dom, como graça. Quem é pobre em espírito, guarda o que recebe; por isso deseja que nenhum dom seja desperdiçado. Hoje gostaria de me concentrar neste aspeto típico dos pobres em espírito: não desperdiçar. Os pobres em espírito procuram não desperdiçar nada. Jesus mostra-nos a importância de não desperdiçar, por exemplo após a multiplicação dos pães e dos peixes, quando pede para recolher a comida que sobeja para que nada se perca (cf. Jo 6, 12). Não desperdiçar permite-nos apreciar o valor