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 MENSAGEM DO PAPA JOÃO PAULO II
 AO PRESIDENTE DA CÂMARA
DOS DEPUTADOS A UM ANO DA VISITA
 À SEDE DO PARLAMENTO ITALIANO

1° de Dezembro de 2003

 

 

Ilustre Senhor Pier Ferdinando CASINI
Presidente da Câmara dos Deputados

1. Com grande gentileza, Vossa Excelência quis informar-me que, um ano depois da minha visita ao Parlamento Italiano, a Câmara dos Deputados deseja comemorar tal acontecimento com uma especial iniciativa. Sinto-me feliz, Senhor Presidente, por lhe enviar para essa  circunstância  uma  deferente  saudação  a  Vossa  Excelência  e  aos  distintos Colegas, aos quais renovo a expressão da minha gratidão mais profunda pelo cordial acolhimento que me foi reservado.

Permanece em mim a recordação daquele dia, no qual pela primeira vez a Sala do Palácio de Montecitório acolheu entre os seus muros um Sucessor do apóstolo Pedro, durante uma especial assembleia conjunta de todos os Senadores e Deputados da República e com a participação do Presidente do Conselho dos Ministros, dos membros do Governo e dos mais altos encargos do Estado, começando pelo Presidente da República. Penso de novo com emoção na sincera atenção que foi reservada à minha pessoa e ainda me sinto confortado com a confirmação de adesão unânime reservada às minhas palavras. Penso que aquela, mesmo se rápida, mas intensa manifestação tenha marcado uma pedra miliar na história das relações entre a Itália e a Santa Sé. Faço votos por que a celebração, com que esta insigne Assembleia realça o seu aniversário, contribua para manter vivo o espírito daquele encontro.

2. No findar do último século a Itália está profundamente mudada sob o perfil social. Agora ela está comprometida a enfrentar os desafios do terceiro milénio com uma renovada consciência da própria missão no contexto europeu e mundial, também ele marcado por rápidas e por vezes substanciais transformações. A visita do Bispo de Roma ao Parlamento Italiano realçou, de maneira muito simbólica, o papel determinante que o Cristianismo teve e ainda tem na história e na vida da Nação. O Evangelho anúncio de fé, de esperança e de amor foi ao longo dos séculos a linfa vital para o povo italiano, estimulando de muitas formas a busca do bem, do verdadeiro e do belo. Não se pode deixar de reconhecer que, apesar dos limites e dos erros dos homens, a Igreja tenha sido fermento de civilização e de progresso para as pessoas, as famílias, as comunidades e para todo o País. A própria Constituição republicana, nos seus princípios fundamentais, reflecte de modo eloquente e sempre válido a verdade evangélica acerca do homem e da sociedade.

Em qualquer parte do Planeta onde se encontram emigrados, os italianos, juntamente com as suas reconhecidas qualidades humanas e profissionais, levaram os testemunhos da fé cristã herdada pelos pais na terra natal. A Igreja, por seu lado, jamais deixou de cultivar estas profundas raízes com a sua obra de evangelização expressa mediante numerosas actividades pastorais.

3. Que este património espiritual seja assumido por todos e testemunhado também pelas novas gerações! É uma riqueza humana e religiosa que se deve salvaguardar, porque representa um bem precioso para toda a comunidade civil. Para esta tarefa empenhativa oferecerá o seu contribvuto disto tenho a certeza a proveitosa cooperação que existe entre a Santa Sé e a República Italiana. Para esta finalidade tão nobre elevo a Deus uma especial oração, que confio à intercessão materna de Maria venerada em todos os recantos da Terra italiana.

Com estes sentimentos, ao apresentar de novo a minha deferente saudação a Vossa Excelência, Senhor Presidente, e aos Senhores Deputados, invoco de bom grado sobre todo o Parlamento e sobre quantos participam nesta significativa manifestação a abundância das Bênçãos celestes.

Vaticano, 26 de Novembro de 2003.

 

 



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