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DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II
A DOIS GRUPOS DE PROFISSIONAIS

Segunda-feira, 19 de Abril de 1982

 

Aos Cabeleireiros na Sala Clementina

Aos Ourives na Sala do Consistório


DISCURSO AOS CABELEIREIROS

 

Senhor Presidente
Senhoras, Senhores

Por ocasião do Festival internacional dos Cabeleireiros, manifestastes o desejo de vos encontrardes com o Papa. Sede bem-vindos!

E é primeiro que tudo a cada uma de vossas pessoas e a cada uma de vossas famílias que dirijo a minha saudação e os meus votos cordiais. Efectivamente, para além das vossas preocupações profissionais, cada um tem o seu próprio destino e a sua história pessoal, cada um tem um valor único no projecto de Deus, cada um é portador da responsabilidade dos seus, e peço a Deus que vos esclareça, inspire e fortifique neste caminho pessoal que é o do êxito da vossa vocação humana e espiritual, do desenvolvimento das vossas famílias, que é o da salvação das vossas almas. Os meus votos são marcados pela paz e alegria pascais, que os cristãos sabem receber de Cristo ressuscitado.

Mas estais aqui reunidos como membros da Fundação mundial de Cabeleireiros e deste festival internacional realizado em Roma. Formulo portanto também votos pela realização da vossa profissão, para que ela cumpra o melhor possível o seu objectivo ao serviço das pessoas.

A Igreja não tem competência para abordar os aspectos técnicos da vossa profissão e menos ainda para apreciar as modas que passam. Mas ela sabe que, para além dos aspectos económicos e sociais desta profissão que derivam também da moral, a actividade de cabeleireiros é uma arte e, como todas as artes que dizem respeito à expressão ou representação do corpo humano, tem aspectos éticos (cf. as minhas alocuções de 15, 22 e 29 de Abril de 1981), segundo a ideia que temos da pessoa humana e das relações interpessoais. Ela pode contribuir — numa parte relativa, sem dúvida — para desviar o homem ou a mulher daquilo que é essencial, e sobretudo daquilo que é autêntico, são e puro nas relações humanas. Mas pode também servir os valores humanos e desenvolvê-los, contribuir para o respeito e estima de nós próprios e dos outros.

Estas poucas palavras manifestam-•vos ao mesmo tempo os meus votos e a atenção que dedico à vossa profissão, bem como à cada uma das outras. Faço votos por que a experiência destes dias vos ajude a enfrentar melhor os diferentes aspectos da vossa actividade, vos traga a renovação e o estímulo necessários, e vos proporcione igualmente contactos ricos de amizade, entre participantes de horizontes culturais e de países muito diversos. Agradeço a vossa visita e rogo a Deus vos abençoe e aos vossos Entes queridos.


DISCURSO AOS OURIVES

Caríssimos

1. Alegro-me de poder encontrar-me convosco, membros da "Federação Nacional dos Retalheiros Ourives" e da "Associação Regional Romana dos Ourives", que juntamente com os familiares quisestes manifestar nesta ocasião os vossos sentimentos de devota homenagem para com o Sucessor de Pedro.

Agradeço-vos sinceramente esta vossa presença e os preciosos dons, que me oferecestes, sinal da vossa cordial estima e também testemunho daquela tradição de arte que distingue a vossa ilustre categoria profissional.

2. No espírito do período litúrgico pascal, dirijo-vos uma palavra de augúrio e confio-vos um empenho.

Jesus Ressuscitado dirija a vós o seu "Pax vobis"! Sim, caríssimos Irmãos e Irmãs! Acolhei e conservai zelosamente o dom da paz: a paz convosco mesmos, no âmbito da vossa consciência; a paz com Deus Criador e Pai; a paz com os outros, irmãos em Cristo!

Uma paz, portanto, animada e fundada sobre a fé, a qual deverá ser aprofundada cada dia na oração, na religiosa atenção à Palavra de Deus e do ensinamento da Igreja, e vivida na plena coerência com as exigências morais especificamente cristãs.

Deste modo a vossa nobre profissão adquirirá o significado de um testemunho concreto e eficaz da mensagem evangélica e dará um válido contributo ao progresso espiritual e civil da sociedade.

Com tais votos invoco sobre as vossas pessoas e sobre os vossos Entes queridos a efusão dos favores celestiais, em penhor dos quais vos dou de coração a Bênção Apostólica.

 

© Copyright 1982 - Libreria Editrice Vaticana

 



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