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VISITA PASTORAL DO PAPA JOÃO PAULO II AO CAZAQUISTÃO
E VIAGEM APOSTÓLICA À ARMÊNIA
(22-27 DE SETEMBRO DE 2001)

ANGELUS

Astana (Cazaquistão)
Domingo, 23 de Setembro de 2001
 

 

No final desta solene celebração, preparamo-nos para a habitual oração mariana, dirigindo-nos com confiança a "Nossa Senhora do Perpétuo Socorro". A ela está dedicada a Catedral de Astana, que se entrevê também desta Praça. Amanhã de manhã, se Deus quiser, celebrarei ali a Santa Missa pelos sacerdotes, os religiosos e os seminaristas.

Desejo também, neste momento, deslocar-me em peregrinação espiritual ao vosso Santuário mariano nacional, situado junto de "Oziornoe". Caríssimos Irmãos e Irmãs, nele vós venerais a Virgem com o título de "Rainha da Paz". Prostrado aos seus pés, rezo por toda a Nação do Cazaquistão: pelas suas Autoridades e pelos seus cidadãos, pelas famílias, jovens, crianças e idosos, pelos que sofrem e pelos necessitados.

Confio-vos a todos a Maria: cristãos e não-cristãos; crentes e não-crentes. De facto, ela é a Mãe de todos, porque de todos Cristo, seu Filho, é o Salvador. Maria vos ajude a todos, queridos Irmãos e Imãs, a realizar na vida quotidiana o mandamento de Cristo: "Amai-vos uns aos outros", que é o tema-guia desta minha visita pastoral.

Além disso, confio também ao seu perpétuo socorro os Países limítrofes do Cazaquistão, dirigindo uma saudação particular aos peregrinos que hoje, de lá, quiseram vir manifestar a sua fé e o seu afecto.

Juntos, dirijamo-nos com confiança à Serva do Senhor: "Angelus Domini...".

 


Saudações

Desta cidade, do Cazaquistão, um País que é exemplo de harmonia entre os homens e mulheres de diversas origens e crenças, desejo lançar um fervoroso apelo a todos, cristãos e seguidores de outras religiões, para que cooperem a fim de edificar um mundo sem violência, que ame a vida e se desenvolva na justiça e na solidariedade. Não devemos permitir que o que aconteceu cause uma exasperação das divisões. A religião nunca deve ser utilizada como motivo de conflito. Deste lugar, convido quer os cristãos quer os muçulmanos a rezar intensamente ao Único Deus Omnipotente que a todos criou, para que possa reinar no mundo o bem fundamental da paz. Que as pessoas de todos os lugares, fortalecidas pela sabedoria divina, trabalhem por uma civilização do amor, na qual não haja espaço para o ódio, a discriminação e a violência. Com todo o coração imploro a Deus para que mantenha a paz no mundo. Amen.

Dirijo uma saudação a todos os presentes de origem cazaque. O Omnipotente vos proteja e guie os vossos passos para um futuro cada vez mais próspero. Que a Virgem Santíssima vos acolha a vós e às vossas famílias sob o seu manto.

Saúdo cordialmente todos os meus Concidadãos, que participam nesta liturgia, e todos os polacos que vivem no Cazaquistão.

Olho para vós com grande alegria e dou graças a Deus porque me é concedido estar entre vós. Tive sempre um profundo interesse pelo vosso destino. Falava-me muito de vós o inesquecível Pe. Wladyslaw Bukowinski, com quem me encontrei muitas vezes e do qual sempre admirei a sua fidelidade sacerdotal e o seu entusiasmo. Estava particularmente ligado a Karaganda, mas falava-me da vida de todos vós.

Desejo garantir-vos que o meu coração nunca vos esqueceu. Na oração, todos os dias, eu confiava-vos à vontade de Deus e a toda a Igreja do Cazaquistão. Hoje dou-lhe graças por vós, porque continuamente vos concedeu o poder do Espírito Santo, graças ao qual conservastes a fé dos vossos pais, apesar das provas e perseguições de vários tipos. Digo-vos também a vós um sentido obrigado por esta fidelidade a Cristo e à Igreja. Peço-vos que persevereis neste testemunho.

Confio à Mãe Santíssima o vosso futuro. Que ele seja propício e feliz, construído num espírito de amor recíproco. Que o Bom Deus vos conceda a abundância da sua bênção.

Saúdo mais uma vez D. Tomasz Peta, Administrador Apostólico de Astana, D. Jan Pawel Lenga, Ordinário de Karaganda, D. Theophilus Howaniec, Administrador Apostólico de Almaty; e o Pe. Janusz Kaleta, Administrador Apostólico de Atyrau. Saúdo os Superiores das Missões sui iuris e todos os Prelados aqui presentes.

Dirijo uma particular saudação aos sacerdotes diocesanos, aos religiosos e às religiosas. Queridos irmãos e irmãs, Cristo confiou à vossa solicitude este amado povo espalhado no imenso território do Cazaquistão. Sei quanto esforço e abnegação são necessários para realizar bem o ministério pastoral nestas particulares condições. Conheço também a dedicação e fidelidade com que servis aqui os vossos irmãos. Agradeço-vos de coração pela vossa canseira e pelo vosso espírito de sacrifício. Acompanhe-vos constantemente o poder do Espírito Santo e vos ampare nesta grande obra que aqui desempenhais. Deus vos seja propício! Acolho também com um grande pensamento os peregrinos do Uzbequistão, do Tajiquistão, Quirguistão, Turquemenistão e de outros Países, que vieram a este encontro. A todos concedo a minha Bênção.

Queridos irmãos e irmãs de língua alemã!

Desejo saudar-vos também a vós e alegro-me por terdes vindo para participar nesta Santa Missa. Foi bom para rezar e cantar juntos. Nos anos passados vivestes muitas mudanças.

Conhecestes momentos difíceis, mas com a ajuda de Deus e mediante os vossos esforços humanos conseguistes melhorar as relações de convivência no vosso País.

Exprimo de bom grado o reconhecimento pelo vosso empenho e solicitude. É positivo para o vosso País que continueis a ser-lhe fiel e vos empenheis na vida política e social. Vós, como cristãos, deveis procurar dar um rosto à vossa sociedade. O que Jesus disse aos seus discípulos é válido também para vós: "Vós sois o sal da terra!... Vós sois a luz do mundo" (Mt 5, 13-14).

A Virgem Maria, Estrela da Evangelização, oriente a vossa missão e vos acompanhe ao longo do vosso caminho. Concedo-vos de coração a minha Bênção apostólica.

 



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